O mercado editorial também precisou se adequar para atender ao novo comportamento de compras do consumidor que vive no ambiente digital.
Por muito tempo, se pensou que a Era Digital iria reduzir o consumo de livros e afetar o hábito da leitura, o que não aconteceu.
As vendas de livros vem aumentando significativamente no Brasil.
Em 2021 foram vendidos 55 milhões de obras, quase 30% mais que em 2020. E no primeiro trimestre de 2022 também houve um crescimento de 15,6% nas vendas.
Para aproveitar o bom momento do mercado, editoras e autores precisam estar atentos para as tendências e novidades do setor.
Quer saber quais são elas? Continue a leitura e fique por dentro.
Principais tendências e novidades para o mercado editorial
O consumidor digital passou a priorizar novas experiências, logo, os autores e editoras também precisaram se adaptar para disponibilizar a sua obra nos mais diversos formatos, como online, digital e impresso.
Independentemente disso, o mercado editorial segue algumas tendências de consumo, assim como acontece em todos os outros nichos.
Entre as principais estão:
Audiolivros
Os audiolivros se tornaram uma tendência de consumo no mercado editorial e esses conteúdos são consumidos por públicos das mais diversas idades.
Eles se tornaram uma opção fácil de consumo para quem gosta de tramas, contos, romances ou ainda de quem precisa estudar e não tem muito tempo.
É por isso que muitos consumidores de audiolivros utilizam o tempo no trânsito, por exemplo, para acompanhar a obra de seus autores de interesse.
Crowdfunding
O crowdfunding funciona como um financiamento coletivo onde pessoas interessadas em determinados projetos colaboram com recursos para a realização desses.
Essa modalidade é outra tendência do mercado editorial brasileiro e mundial.
Nesse sentido, as campanhas de financiamento podem ser encaradas como uma pré-venda da obra.
Os autores mobilizam leitores interessados pelas suas obras e conteúdos e captam recursos para as suas publicações.
Metaverso
Como falar de tendências sem citar o Metaverso?
Os mais diversos segmentos do mercado já estão buscando o seu espaço nesse novo mundo, onde o virtual se torna realidade.
Com o mercado editorial não será diferente.
Um exemplo disso é a Revista Times, que já lançou uma edição em realidade aumentada (RA) para promover novas experiências ao seu leitor.
Especialistas do setor acreditam que a RA pode dar um novo significado aos materiais impressos, fazendo com que o livro deixe de ser um objeto estático e contenha elementos audiovisuais.
Clubes de assinaturas
Há alguns anos os clubes de assinaturas têm se tornado uma alternativa viável para os inúmeros setores, como pet, indústria de cosméticos e de alimentação e, claro, o mercado editorial.
Você deve recordar que há algumas décadas se pagava a assinatura de um jornal e, a partir disso, o leitor recebia seus exemplares diariamente na sua casa ou empresa.
Esse segmento se repaginou e atualmente há clubes de assinaturas de livros.
Além da conveniência de receber os mais variados gêneros no conforto da sua casa, o consumidor também tem a oportunidade de conhecer autores e obras que até então não estariam na sua lista de leitura.
Livro impresso
Há algum tempo, uma pesquisa americana revelou que 92% dos estudantes universitários preferem o livro físico em relação ao digital.
A preferência pelo livro impresso também foi marcada na 20ª edição da Bienal do Livro do Rio, ocorrida, mesmo com restrição de público, no final de 2021. Ela reuniu mais de 250 mil visitantes.
Durante o evento foram vendidos dois milhões de livros, uma média de oito unidades para cada leitor.
Como você pode perceber, o digital não interferiu no prazer de folhear um livro e curtir bons momentos de leitura, por isso, os impressos continuam sendo o carro chefe do mercado editorial brasileiro.
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